Olás,
prosseguindo no fomento de discussões sobre o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), vamos passando mais algumas informações e achados pela internet acerca do mesmo. No mês passado o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável por todo o processo do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, onde o ENADE está inserido), divulgou em Portaria do Diário Oficial da União os conteúdos das provas dos cursos que serão avaliados esse ano, dentre eles a Medicina Veterinária.
O conteúdo pode ser acessado clicando
aqui, onde consta a Portaria nº222 de 13 de Julho de 2010.
A princípio podemos até dizer que é bem generalista, visando conferir ao conteúdo previsto nas Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação. Porém, ao avaliar o penúltimo artigo podemos já apontar algumas contradições em relação à tudo que foi colocado anteriormente:
Art. 8º A prova do Enade 2010 terá, em seu componente específico da área de Medicina Veterinária, 30 (trinta) questões, sendo 3 (três) discursivas e 27 (vinte e sete) de múltipla escolha, envolvendo situações-problema e estudos de casos.
As perguntas que ficam: como uma prova desse teor, com quatro horas de duração, terá condições de avaliar conteúdo de tal extensão, como a própria Portaria descreve? Uma prova teórica, de escrita, tem condições de avaliar a precisão prática inerente à muitas áreas de atuação do Médico Veterinário?
Claro, sabemos que o ENADE não é um processo isolado, faz parte de um Sistema maior de avaliação, que inclui visitas às Instituições de Ensino Superior (IES), avaliando sua estrutura física, pedagógica e administrativa. Mas, se no fim é um processo amplo de avaliação das IES, porque a culpabilização dos estudantes? A ameaça de não colar grau, de não conseguir bons empregos, muitas IES Privadas já o fazem (rodando a internet, fácil fácil achamos esse
link - ver pergunta nº9), e as públicas a cada dia mais se engalfinham nessa onda, na disputa do tão escasso recurso público. Se uma instituição não anda bem das pernas, nada mais justo do que incentivá-la mais, não? Mas será que isso é feito mesmo?
São algumas ponderações que colocamos, mas vamos seguindo no debate!
Abraço coletivo!