quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Lista de discussão da ENEV

Umas das maneiras mais antigas de se comunicar no mundo virtual é através das listas de discussão. E na ENEV não é diferente, desde o começo deste século que muitos debates são travados neste meio. Desta maneira que convidamos tod@s a participarem da lista atual.
Caso haja alguma dificuldade, comunique-nos!

Abraços!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nova gestão da ENEV!

No último domingo, 31/07, na Plenária Final do 30º ENEVET, foi apresentada a nova gestão da Executiva Nacional dos Estudantes de Veterinária, a executar os trabalhos de agora até julho de 2012! Em breve colocaremos maiores detalhes do Encontro, mas pra dar uma pontinha do que aconteceu, segue abaixo a relação das pessoas que agora são a nova gestão:

Coordenação Nacional: 
Filipe Silva Rodrigues (Universidade Estadual do Ceará); Alessandra Lopes Goelzer (Universidade Federal de Santa Maria); Namá Santos Silva e João Victor Alvaia de Oliveira (ambos da Universidade Federal da Bahia).
 
Coordenação Regional Nordeste: 
Carlos Alberto Amorim Soares de Lima Filho, Rhaysa Allayde Silva Oliveira, Jaqueline Maria dos Santos (Universidade Federal Rural de Pernambuco); Marcus Vinícius Mareira Barros, Joelma de Melo Rocha, Marianne Kilma da Silva Santos (Unidade Acadêmica de Garanhus da Universidade Federal Rural de Pernambuco). 
 
Coordenação Regional Sudeste: 
Livia Lage Garcia, Joubert Bastos da Silva Pinto (ambos da Universidade Federal de Minas Gerais).
 
Assessoria de Agroecologia: 
Giovana Fogaça Gonzaga (Universidade Estadual de Londrina) e João Victor Alvaia de Oliveira (Universidade Federal da Bahia).
 
Assessoria de Humanidades, Humanismo e Humanização em Saúde: 
Caroline Coenga Oliveira (Universidade Federal Rural do Pernambuco) e Michelle Neves Pereira (Universidade Federal da Bahia).
 
Assessoria de Comunicação e Formação:
Juliana Rocha Marques, Lívia Lage Garcia e Alexandre Zambelli Loyola Braga (Universidade Federal de Minas Gerais).

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Inscrições abertas para o 30º ENEVET!

O 30º ENEVET possui a importante função de congregar estudantes de diversas escolas de veterinária do país, buscando a ação conjunta destes em diversos temas relacionados à profissão e sociedade em geral.

O encontro este ano tem como eixo principal a temática do ensino na medicina veterinária. Esse ENEVET busca rever a base do ensino na veterinária: ser generalista, humanista e voltado para as necessidades sociais e o perfil dos profissionais da área. Diante disso, torna-se fundamental para a formação do indivíduo que este se situe enquanto cidadão, profissional e agente transformador de uma sociedade.
              
Este é um convite para preencher o formulário de inscrição! 

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vídeo de divulgação da greve na UFBA e mais encaminhamentos

A paralisação vai seguindo até quinta, enquanto isso várias reuniões vão sendo feitas, além de outras mobilizações, para que o movimento não pare!
Segue abaixo vídeo feito pelos estudantes da UFBA, acerca das pautas da greve:

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Greve dos estudantes da UFBA

Hoje, 06 de Junho de 2011, estudantes de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) deflagraram greve por conta das péssimas condições do curso, sobretudo em virtude da expansão que vive a Universidade em consequência ao Reuni. Tanto denunciado na época de sua promulgação, hoje se vê o efeito não só na UFBA como em várias Instituições de Ensino Superior. 
A ENEV é solidária aos estudantes em luta, e espera que esse momento vivo de mobilização sirva para ampliar as lutas que garantam de fato uma educação de qualidade!


Veja aqui o comunicado do CAFA (Centro Acadêmico Fulvio Alice, da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da UFBA): http://pt.scribd.com/doc/57247570/Comunicado-mobilizacao

Veja aqui notícias relacionadas ao movimento:

domingo, 20 de março de 2011

ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A VETERINÁRIA

Idael Christiano de Almeida SANTA ROSA1

Conversando via rede com dois amigos refletíamos sobre os rumos que toma a Veterinária e constatávamos que cada vez mais o veterinário é menos valorizado e cada vez mais a categoria busca reproduzir modelos sem a menor reflexão sobre o que faz. Há todo um discurso de capacitação, formação e ao mesmo tempo assistimos a uma baixa de competências técnicas e humanas. Transcrevo algumas considerações que fiz num dos nossos colóquios.
Noto também o esvaziamento dos saberes e fico pesaroso por isso. Vejo um esvaziamento também da profissão. A veterinária tem se fechado em si mesmo, olhando apenas para o seu próprio umbigo. E o pior, fica olhando para o próprio umbigo, mas por ser estrábica e míope perde o centro e não consegue ver a realidade. Temos perdido o respeito por nós mesmos, temos deixado de lado uma formação abrangente e critica para nos abraçarmos a ritos medíocres. Estamos matando a semiologia e a clinica, abusando dos exames complementares sem a menos noção da patologia clinica, do diagnostico por imagem, dos testes imunológicos. Não refletimos sobre o que falamos, sobre o que engolimos, sobre o que vomitamos em cima dos outros, dos proprietários. Ouvimos o galo cantar, não sabemos onde, mas pintamos e reproduzimos o galo de raça que cantou, um lindo Brahma de penas brancas douradas e negras, patas cobertas de pena. Arrogantes, sentenciamos que o galo que cantou e não vimos era assim e se não for assim não era o galo. Deixamos de lado o conhecer e construir conhecimento para nos voltarmos para o “prescrever”, leviano prescrever sobre o que não se conhece, para quem não se conhece.
Reduzimos-nos a prescritores. Mas prescritores competentes, pois nos vestimos impecavelmente de branco. Andamos de branco para todo lado, desfilando a nossa arrogância e prepotência e esquecendo qual seria a razão do branco, mas recriminado que se limita a usá-lo a ambientes restritos e com potencial de contaminação para delimitar áreas de acesso. Estamos empobrecendo, mas não é o empobrecimento financeiro e social que me preocupa. O que me preocupa é o empobrecimento cultural. Levantamos a bandeira do técnico. Somos técnicos e tudo que não é técnico não nos interessa, é coisa menor. Sem perceber que o técnico tem que saber ler a realidade e para isso não basta à técnica é preciso se formar na sensibilidade, na compreensão de mundo, na capacidade de ver o outro. De saber que por trás do animal tem um ser humano que é o sentido da nossa ação. Sem nos darmos conta a nossa bandeira de excelência técnica está nos empobrecendo como técnicos. Está nos tornando incompetentes tecnicamente. Está nos tornando qualificados apenas para reproduzir a técnica e não para adequá-la ao que precisamos, ao que o proprietário precisa, ao que a sociedade precisa.
Vivemos num inflar de egos, com grandes fogueiras de vaidade, que não nos aquecem, apenas nos ofuscam. Vivemos sem perceber o paradoxo do nosso tempo e nossa formação, a contradição na qual nós mesmos deixamos a nossa categoria se afundar. Sem perceber vamos caindo no trabalhador touro do taylorismo. Aquele trabalhador submetido a um trabalho escravo, pois não liberta. Um trabalhar que deve apenas executar o seu trabalho sem questionar a que propósito está servindo. Quando menor for o nosso horizonte de visão melhor, melhores trabalhadores touros seremos. Logo não há necessidade de formação de qualidade, qualquer coisa serve, pois não há mais espaço para a universidade, a pluralidade de pensamentos que constrói a pratica reflexiva. Entra aqui o paradoxo: precisamos cada vez mais de uma formação mais estreita e de qualidade pior (afinal vamos apenas reproduzir o que despejam sobre nós), a nossa lógica burguesa é, porém meritocrática e diz que as benesses devem ser dadas para o mais qualificado (ainda que abra espaço para discutir qual qualificação) e cria-se a cada dia mais e mais etapas de formação. Eis o paradoxo: o "Mercado" (deus mercado tão cantado e decantado) quer o trabalhador touro taylorista, a nossa formação burguesa quer títulos. Esse paradoxo não gera um conflito insolúvel, pelo contrario, ele é uma galinha dos ovos de ouro para o Capital. Tanto que o Banco Mundial resolveu se meter na política educacional dos países periféricos, dizer no que se deve e no que não se deve investir. E a partir da premissa que a graduação não forma ninguém para o mercado de trabalho propõe uma redução do tempo dos cursos para no máximo três anos, mas que o ideal seria menos, pois a formação para o trabalho se daria na pós-graduação. Pós-graduação que não precisa ter compromisso acadêmico, tem apenas que qualificar para apertar um parafuso especifico com uma chave especifica (começamos a ver esse filme com os mestrados profissionalizantes, os MBA´s, os cursos de especialização e cada dia uma outra novidade surge).
Nesse cenário não é de se estranhar que órgãos em crise de identidade  paassem a buscar novos meios de se legitimar (veja o Exame de Qualificação Profissional do CFMV que já tem até cursinho preparatório via Internet). Conhecendo esse direcionamento e sendo capaz de somar dois mais dois fica difícil não olhar com preocupação a tal de Flexibilização curricular proposta pela LDB e que passa a ser a tônica dos processos de reforma curricular.
É incrível, mas abraçamos as panacéias com uma facilidade surpreendente. Deixar que um estudante que sequer conhece qual a extensão do curso que ele por algum motivo escolheu (muitas vezes de forma equivocada) trace o é ou não importante para a sua formação é de uma ingenuidade maquiavélica, não há liberdade na falta de verdadeira opção. O mero desejo ou achismo não gera consistência para uma decisão consciente. Estamos mais uma vez reduzindo o horizonte da categoria, estamos criando uma grande viseira.
E a técnica é a viseira que nos damos, nos travestimos de especialistas "aqueles que, segundo alguns, sabendo tudo de nada". Vangloriamos-nos disso, pois é melhor que ser generalista "aquele que sabe nada de tudo", não somos capazes sequer de refletir que esses conceitos foram alterados em nome de uma lógica que não a da vida. Generalista era o profissional que tinha condições de atuar em todas as áreas (ou na maioria delas) decentemente, sendo capaz de ser linha de frente e quando o problema ficasse por demais exarcebado, sabia a que colega recorrer. Um colega especialista, que era aquele sujeito que sabia o básico de tudo e sabia alguma coisa de uma forma especial. O especialista tinha a noção do todo. É essa visão do todo que a cada dia mais falta nos faz. A interdisciplinaridade deve a todo custo ser resgatada ou estaremos fadados a sermos técnicos medíocres, seja envergando chapelão, cinto fivelão, canivete e botina, suja de bosta de vaca e achando que quebrar a cara em rodeio universitário é o supra-sumo, seja vestido todo branco como se isso fosse um atestado de competência profissional. Ser peão não nos qualifica como veterinários e se roupa branca qualificasse açougueiros, esses seriam exímios veterinários...
É preciso abrir espaços para que os horizontes da veterinária essa profissão tão rica, tão rica que citar o bordão de "21 em 1" é reduzi-la a sua porção menor. Precisamos fomentar não só a interdisciplinaridade, mas também o multiculturalismo, a divergência, a diversidade de olhares e opiniões ou estaremos fadados a ser uma profissão sem valor e sem respeito, talvez até extinta como as profissões que o Rubem Alves enumera para falar da formação do educador. Salve o técnico com técnica apenas dentro da técnica, que reconheça o seu direito de ser o que quiser, de ser louco se assim o quiser, de ser completo, de ter cultura, de ler poesia, de escrever poesia, de fazer política. Salvemos o profissional ser humano e cidadão.
É preciso urgentemente resgatar nossa integridade, salvar nossa categoria profissional e o atual momento é o momento e não admite omissão.

(Texto adaptado, de 2004)
 1Professor do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Lavras; militante da ENEV no começo da década de 90

quinta-feira, 17 de março de 2011

Carta convocatória aos centros e diretórios acadêmicos de Medicina Veterinária


Gostaríamos de convidar a todos os estudantes que compõem os CA’s e DA’s das escolas de veterinária do Brasil para participarem do CEBEV, Conselho das Entidades de Base da Veterinária, que acontecerá do dia 24 ao dia 27 de março, em Londrina.
Foi definido no último CEBEV (Belo Horizonte/MG), o caráter do evento desse ano, que será basicamente dois dias de formação relacionada ao conteúdo que será trabalhado no próximo ENEVET (Encontro Nacional dos Estudantes de Veterinária) - Maranhão (UEMA) e, posteriormente, dois dias de organização deste ENEVET.
O conteúdo a ser desenvolvido durante o encontro será focado na discussão do bem estar animal (programação completa abaixo).
Faz-se urgente a mobilização dos estudantes de veterinária do Brasil, visto as dificuldades de organização intrínsecas deste movimento. Compreender que por estarmos inseridos numa sociedade com uma lógica própria, desenvolvemos técnicas enquanto profissionais que servem a ela e por isso são questionáveis e passíveis de discussão.
Durante o encontro, garantimos aos participantes: alojamento (no local do encontro), alimentação e materiais. É necessário trazer colchão, travesseiro, prato, talher e material de higiene pessoal.
O valor da inscrição é R$ 60,00. Basta mandar um e-mail para bru_vetuel@yahoo.com.br que enviaremos a ficha de inscrição.



Contatos:
Bruna - (43) 8805-9966 / e-mail: bru_vetuel@yahoo.com.br
Giovana - (43) 9644-0056 (TIM)

Gestão 2010 do CAVET/UEL - “Fortalecendo a Formação Além da Técnica”

Abaixo, o novo cartaz do CEBEV (clique nele para ampliá-lo)


terça-feira, 8 de março de 2011

CEBEV 2011


(CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIÁ-LA)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Aos estudantes de Veterinária da UFAL - Campus de Viçosa

Belo Horizonte, 23 de fevereiro de 2011

A Executiva Nacional dos Estudantes de Veterinária (ENEV), entidade legítima de representação dos estudantes de Medicina Veterinária do Brasil, vem por meio desta manifestar seu apoio à mobilização dos estudantes de Veterinária do Campus de Viçosa da UFAL.
A garantia de um ensino público de qualidade sempre deve estar referendada nas condições de uma Instituição de Ensino em oferecer uma estrutura física e pedagógica adequada à formação em questão. Para a formação em Medicina Veterinária é imprescindível que se tenha um corpo docente qualificado, capaz de articular atividades de ensino, pesquisa e extensão, além de laboratórios e áreas de prática de todos os eixos que norteiam nossa formação, quais sejam: ciências biológicas, clínica e cirurgia veterinária, tecnologia e inspeção de produtos de origem animal, produção animal, medicina veterinária preventiva e saúde pública, ciências humanas e sociais, considerando apenas o que determina as Diretrizes Curriculares Nacionais de Medicina Veterinária[1]. Para além, é necessário também que se garanta a permanência dos estudantes, através de políticas abrangentes de assistência estudantil, que contemple necessidades básicas como moradia, alimentação e transporte.
Vivemos um período já longo de descasos com a educação em geral. No caso do ensino superior, à parte todas as investidas lançadas em ampliação de cursos pelo país afora, nem sempre esta foi adequada a um orçamento que cumprisse as demandas. Por conta disso que vemos em várias universidades casos de cursos que começam sem professores, ou com regime de contratação docente em vias mais precárias e sem dedicação exclusiva, além dos casos como o da UFAL, de precariedade pedagógico-estrutural, a qual culminou nesta mobilização.
Saudamos mais uma vez os estudantes que estão em luta. Acreditamos que a organização estudantil é um passo fundamental para que nossa formação seja de fato de qualidade. Convidamos-vos também a participar dos nossos fóruns, como forma de fortalecer ainda mais a articulação dos estudantes em todo país, a fim de que situações de descaso como essa não se repitam.

Abraços!

Coordenação Nacional da Executiva Nacional dos Estudantes de Veterinária