domingo, 9 de agosto de 2009

Deliberações do 28º ENEVET

Deliberações do 28º ENEVET - 13 a 19 de julho de 2009

Unesp - Botucatu


Saúde Pública: de quem é a culpa?

A ENEV entende que a saúde tem como condicionantes básicos a alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, saneamento básico, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. Portanto, faz-se necessário trabalhar para que a sociedade tenha plena garantia por tais direitos.

- É necessária a crítica propositiva constante nos espaços de discussão da formação profissional. Entendemos que esta encontra-se deficitária em relação a conceitos básicos para nossa atuação na saúde pública e no SUS;

- Trabalhar em conjunto com a sociedade para que o SUS seja implementado em sua plenitude;

- Lutar pela continuidade dos avanços da inserção do veterinário no SUS, mas que não seja dada por reserva de mercado de trabalho e sim para o fortalecimento da saúde pública, atuando em conjunto com outros profissionais, como em equipes interdisciplinares de saúde;

- Debater e Lutar para que as políticas públicas de saúde tenham uma visão que garanta maior respeito aos animais não humanos e ao meio ambiente.


EDUCAÇÃO

- Incentivar mudanças que resultem na igualdade na qualidade de ensino básico, valorizando sua importância e a interação da comunidade com as escolas;

- Combater a mercantilização da educação para que ela seja pública, gratuita, de qualidade e referenciada nas necessidades do povo;

- Lutar por uma formação profissional onde o estudante seja incentivado a atuar como agente de transformação social, percebendo sua inserção nesse contexto;

- Combater o caráter mercadológico e tecnicista do ensino e pesquisa e a descaracterização da extensão. Entendemos que esses pilares devem ser indissociáveis e tratados igualmente, sempre refletindo sobre seu papel social agindo como instrumento de mudança;

- Incentivar os estudantes a participarem dos fóruns e conselhos das universidades, garantindo a defesa das bandeiras da ENEV nas escolas;

- Lutar por uma maior relevância e qualidade das disciplinas da área de ciências humanas nos cursos de veterinária. Mostrar a inserção do Médico Veterinário na sociedade e incentivar a discussão para garantir, dessa forma, a formação política e o senso crítico dos estudantes.


Questão Agrária

- Defender a formação generalista do Médico Veterinário, utilizando os princípios da agroecologia, abordando as questões socias, culturais e ambientais e resgatando os conhecimentos tradicionais do homem no campo;

- Defender a realização da reforma agrária não somente baseada na distribuição da terra, mas também na sua transformação em um bem coletivo garantindo a permanência do homem no campo, fomentando políticas de assistência técnica e extensão rural;

- Criticar o sistema de produção agropecuária baseado na exploração animal sem ética e propõe um modelo que visa o bem estar animal;

- Entende-se como de extrema importância a discussão de assuntos que envolvam a questão agrária no meio acadêmico, trazendo a realidade do campo como pauta dentro da universidade, bem como a difusão dessa discussão na sociedade, se inserindo na luta dos movimentos sociais do país.


Movimento Estudantil

- Divulgar as diversas áreas de atuação do médico veterinário, defendendo-os da desvalorização e propiciando a maior atuação profissional;

- Retomar as passadas para melhorar a articulação entre as escolas dividindo as responsabilidades entre as coordenações nacional e regionais;

- Realizar os CEREVETs, facilitando articulação entre as escolas e fortalecendo o movimento estudantil no âmbito regional;

- Criar metodologias de diálogo com os estudantes prezando por um debate de fácil compreensão propositivo e não sectário;

- Organizar recepções de calouros mostrando a importância social da profissão e divulgando as bandeiras da ENEV;

- Reconhecer que a UNE precisa voltar a ter representatividade e não servir de palanque para as políticas de governo e de partidos políticos. A ENEV se compromete a fortalecer a articulação com outras formas de organização do Movimento Estudantil e Movimentos Sociais Populares;

- Debater nos espaços de discussão do movimento estudantil da veterinária temas como questão de gênero, racial, ambiental, educação popular, universidade popular, medicina da conservação, bem estar animal, lei de estágios, questão das cotas e da avaliação do ensino nas faculdades, sempre que possível atrelando essas discussões com a atuação profissional do Médico Veterinário.

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